quarta-feira, 15 de maio de 2013
sexta-feira, 26 de abril de 2013
domingo, 21 de abril de 2013
Terroristas são os outros by Fábio Beilfuss
Terroristas são os
outros
Fábio Beilfuss
Nestes anos que tenho me dedicado
a leituras e análises sobre o sistema, somado ao fato de ser um profissional
que lida com temas históricos, me deparo com discursos que muitas vezes destoam
das práticas. O grande exemplo é o se diz respeito ao terrorismo.
Desde o 11 de setembro de 2001, o
mundo começou a temer mais do que nunca o terrorismo. Mas do que se trata o
tema? O que é terrorismo? As grandes redes de comunicação do mundo respondem
essa pergunta afirmando que terrorismo é toda ação deliberada e orquestrada por
grupos que se opõe a ordem e se utilizam de violência para atingir seus
objetivos. Pois coloca-se em questão outro fato. O que é ordem? De bate pronto,
a resposta vem a boca: a democracia.
Neste momento, com a curiosidade
de uma criança acompanhada de meu ímpeto filosófico, questiono mais uma vez: O
que é democracia? A resposta pra isso, segundo o senso comum, é a forma de governo que tem com base a eleição dos
seus governantes e parte do princípio a ação através da lei e não necessitaria
do uso da violência. Defende o estado de direito, a propriedade privada e
respeita a soberania de outras nações.
Entretanto, quem usa de violência
para atingir seus objetivos é não terrorista? Atentar contra a soberania de
outros povos não seria um desrespeito aos princípios democráticos? Pois bem,
comecei a ver a grande contradição entre discurso e prática de alguns países
democráticos. Os EUA, defensor da democracia, sempre arrumando pretextos para
poder adentrar militarmente em outros países, sob a bandeira da democracia. Mas
a democracia, em seu sentido moderno, não é o poder que emana do povo?
Logo,impô-la não seria nada nada democrático. E o pior, uma democracia imposta
com armas. Eu não quis comentar sobre o que essa “democracia” esconde. Um
interesse em recursos naturais dos países invadidos. No caso, petróleo. O engraçado
de tal fato foi a busca por armas de destruição em massa, das quais nenhuma foi
encontrada, e o preço do petróleo, agora mais “abundante” no mercado internacional
apenas subiu. Em suma, agora,nos países invadidos, a democracia foi instaurada.
Ou melhor, imposta.
Um tema mais histórico então: Os
aliados que combatiam as forças do Eixo, falando em democracia.Em um primeiro
momento, ou melhor, antes da guerra, faziam vista grossa as práticas dos
fascistas, e no momento em que estas não mais interessavam, o anjo virou
demônio. A revista Time de 1938 elegeu Hitler como homem no ano! Isso um ano
antes da guerra. Depois, o Hitler aclamado, exemplo de estadista virou sanguinário.
Mas pra piorar a situação dos “democratas”, tenho que falar que os países que
lutavam cotra o nazi-fascismo também eram contra judeus e tinham verdadeiros
Apartheids em seus territórios. Os Eua tinham territórios segregados entre
brancos e negros até 1962!
O leste europeu sofreu de algo
parecido, quando o “comunismo” foi imposto pelos soviéticos. Logo, também
atentou-se contra o princípio revolucionário, dizendo que o socialismo seria
uma construção popular, e não uma imposição. Eis aí um dos motivos por que a
coisa não deu lá muito certo.
Eu ia esquecendo: o financiamento
sistemático por parte de países democráticos das ditaduras da América Latina
nas décadas de 60 e 70...
O que concluo? Primeiro:
democracia é um conceito que se utiliza hoje apenas para justificar atrocidades
contra outros povos cujos governantes não concordam com tal concepção. Segundo:
Dentro dos fatos, penso que não há democracia de fato.
Não sou contra a democracia,
apenas quero que ela exista de fato, e não essa farsa que nos é apresentada
todos os dias. Quero que ela venha acompanhada de justiça social e não apenas
para justificar atos de uma classe dominante, que interpela através de seus
governos para que estes atendam seus interesses. No meu entender, a democracia
ainda não existe. E em caso de contradição, terroristas são os outros....
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Religião,
Filosofia e História: O que há em comum?
Em tempos remotos, quis
o homem saber sobre si mesmo, e para tal, elaborou 3 perguntas: Quem sou? De
onde eu vim? Para onde vou? Todas elas permeavam a existência humana, sobre
nascimento, vida e morte. Essas inquietações levaram o ser humano a elaborar
pensamentos complexos, observando a natureza a sua volta e questionar sobre
suas origens. Em um primeiro momento, este ser humano começa a construir um
esboço, partindo de suas linhagens, e começar a ver o mundo para além de sua
materializada. Iniciava-se a religião.
A religião no inicio
era uma série de relatos baseados em contos de tempos imemoriais. Isso abria
precedentes para o divino, e a primeira ideia de deus e deuses. Pois esse ser
devia se perguntar: “mas de onde vieram os ancestrais”. E uma das conclusões
que se chegou foi: “Alguém os criou”. Surgem os primeiros seres divinos.
Sobre esta base, foram
criadas as primeiras religiões organizadas. Os povos da antiguidade
(Mesopotâmia, Egito, Benin na África), viam na natureza e em seus fenômenos
suas divindades. Os egípcios acreditavam no deus sol, Rá, além de várias outras
divindades que eram responsáveis pela vida humana em todos os aspectos, desde o
nascimento até a morte. Os africanos de
Benin, acreditavam em divindades intermediárias que levavam até Olurun (o
senhor do além) as mensagens e pedidos dos humanos, e estes seres, chamados
Orishá, se manifestavam através da natureza.
Na Grécia Clássica,
deuses eram parte do quotidiano helênico. Entretanto, as novas necessidades
devido as mudanças na sociedade, fizeram com que os deuses não mais
respondessem aos anseios. O comércio, os estrangeiros, a escravidão
parecem não estar mais ao alcance dos
deuses. Logo, os gregos refazem as três perguntas básicas, mas sob uma nova
ótica: a razão. Sobre ela, a filosofia
engatinha, caminha e se consolida como pensamento dominante. Então a
religião começa a ser questionada e a origem do homem tem outra explicação. Os
deuses não são esquecidos, mas são aos poucos deixados de lado e “embretados” no monte Olimpo.
No caso das religiões
do Oriente Médio, como o Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, todas compartilham
do mesmo mito, que é contado em Gênesis, na Bíblia. E no caso não são deuses,
há apenas um deus, de nome Yahweh, que quer dizer “sou quem sou”. No caso
Islâmico, o nome é Allah, sendo a mesma divindade.
O Cristianismo começou
a ser a a religião dominante na Europa, e a filosofia ficou reduzida ao
pensamento cristão. Ela não foi suprimida, afinal, doutores da Igreja Católica
usavam esse conhecimento. Santo Agostinho tinha a base filosófica em Platão
(pensador grego do séc. V a.C.), e São Tomás de Aquino se utilizava de
Aristóteles (aluno de Platão).
No séc. XIX, uma nova
ciência surgia: A História. Já existia História, nasceu com Heródoto, na
Grécia, e seu nome Historiai que dizer investigações. Mas o caráter científico,
com metodologias específicas, apenas do século XIX, com o alemão Leopold von
Ranke. Sabe quais as perguntas básicas da História? Quem somos, de onde viemos,
para onde vamos....
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