quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Religião, Filosofia e História: O que  em comum?

Em tempos remotos, quis o homem saber sobre si mesmo, e para tal, elaborou 3 perguntas: Quem sou? De onde eu vim? Para onde vou? Todas elas permeavam a existência humana, sobre nascimento, vida e morte. Essas inquietações levaram o ser humano a elaborar pensamentos complexos, observando a natureza a sua volta e questionar sobre suas origens. Em um primeiro momento, este ser humano começa a construir um esboço, partindo de suas linhagens, e começar a ver o mundo para além de sua materializada. Iniciava-se a religião.

religião no inicio era uma série de relatos baseados em contos de tempos imemoriais. Isso abria precedentes para o divino, e a primeira ideia de deus e deuses. Pois esse ser devia se perguntar: “mas de onde vieram os ancestrais”. E uma das conclusões que se chegou foi: “Alguém os criou”. Surgem os primeiros seres divinos.

Sobre esta base, foram criadas as primeiras religiões organizadas. Os povos da antiguidade (Mesopotâmia, Egito, Benin na África), viam na natureza e em seus fenômenos suas divindades. Os egípcios acreditavam no deus sol, Rá, além de várias outras divindades que eram responsáveis pela vida humana em todos os aspectos, desde o nascimento até a morte.  Os africanos de Benin, acreditavam em divindades intermediárias que levavam até Olurun (o senhor do além) as mensagens e pedidos dos humanos, e estes seres, chamados Orishá, se manifestavam através da natureza.

Na Grécia Clássica, deuses eram parte do quotidiano helênico. Entretanto, as novas necessidades devido as mudanças na sociedade, fizeram com que os deuses não mais respondessem aos anseios. O comércio, os estrangeiros, a escravidão parecem  não estar mais ao alcance dos deuses. Logo, os gregos refazem as três perguntas básicas, mas sob uma nova ótica: a razão. Sobre ela, a filosofia  engatinha, caminha e se consolida como pensamento dominante. Então a religião começa a ser questionada e a origem do homem tem outra explicação. Os deuses não são esquecidos, mas são aos poucos deixados de lado e  “embretados” no monte Olimpo.

No caso das religiões do Oriente Médio, como o Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, todas compartilham do mesmo mito, que é contado em Gênesis, na Bíblia. E no caso não são deuses, há apenas um deus, de nome Yahweh, que quer dizer “sou quem sou”. No caso Islâmico, o nome é Allah, sendo a mesma divindade.

O Cristianismo começou a ser a a religião dominante na Europa, e a filosofia ficou reduzida ao pensamento cristão. Ela não foi suprimida, afinal, doutores da Igreja Católica usavam esse conhecimento. Santo Agostinho tinha a base filosófica em Platão (pensador grego do séc. V a.C.), e São Tomás de Aquino se utilizava de Aristóteles (aluno de Platão).

No séc. XIX, uma nova ciência surgia: A História. Já existia História, nasceu com Heródoto, na Grécia, e seu nome Historiai que dizer investigações. Mas o caráter científico, com metodologias específicas, apenas do século XIX, com o alemão Leopold von Ranke. Sabe quais as perguntas básicas da História? Quem somos, de onde viemos, para onde vamos....