Religião,
Filosofia e História: O que há em comum?
Em tempos remotos, quis
o homem saber sobre si mesmo, e para tal, elaborou 3 perguntas: Quem sou? De
onde eu vim? Para onde vou? Todas elas permeavam a existência humana, sobre
nascimento, vida e morte. Essas inquietações levaram o ser humano a elaborar
pensamentos complexos, observando a natureza a sua volta e questionar sobre
suas origens. Em um primeiro momento, este ser humano começa a construir um
esboço, partindo de suas linhagens, e começar a ver o mundo para além de sua
materializada. Iniciava-se a religião.
A religião no inicio
era uma série de relatos baseados em contos de tempos imemoriais. Isso abria
precedentes para o divino, e a primeira ideia de deus e deuses. Pois esse ser
devia se perguntar: “mas de onde vieram os ancestrais”. E uma das conclusões
que se chegou foi: “Alguém os criou”. Surgem os primeiros seres divinos.
Sobre esta base, foram
criadas as primeiras religiões organizadas. Os povos da antiguidade
(Mesopotâmia, Egito, Benin na África), viam na natureza e em seus fenômenos
suas divindades. Os egípcios acreditavam no deus sol, Rá, além de várias outras
divindades que eram responsáveis pela vida humana em todos os aspectos, desde o
nascimento até a morte. Os africanos de
Benin, acreditavam em divindades intermediárias que levavam até Olurun (o
senhor do além) as mensagens e pedidos dos humanos, e estes seres, chamados
Orishá, se manifestavam através da natureza.
Na Grécia Clássica,
deuses eram parte do quotidiano helênico. Entretanto, as novas necessidades
devido as mudanças na sociedade, fizeram com que os deuses não mais
respondessem aos anseios. O comércio, os estrangeiros, a escravidão
parecem não estar mais ao alcance dos
deuses. Logo, os gregos refazem as três perguntas básicas, mas sob uma nova
ótica: a razão. Sobre ela, a filosofia
engatinha, caminha e se consolida como pensamento dominante. Então a
religião começa a ser questionada e a origem do homem tem outra explicação. Os
deuses não são esquecidos, mas são aos poucos deixados de lado e “embretados” no monte Olimpo.
No caso das religiões
do Oriente Médio, como o Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, todas compartilham
do mesmo mito, que é contado em Gênesis, na Bíblia. E no caso não são deuses,
há apenas um deus, de nome Yahweh, que quer dizer “sou quem sou”. No caso
Islâmico, o nome é Allah, sendo a mesma divindade.
O Cristianismo começou
a ser a a religião dominante na Europa, e a filosofia ficou reduzida ao
pensamento cristão. Ela não foi suprimida, afinal, doutores da Igreja Católica
usavam esse conhecimento. Santo Agostinho tinha a base filosófica em Platão
(pensador grego do séc. V a.C.), e São Tomás de Aquino se utilizava de
Aristóteles (aluno de Platão).
No séc. XIX, uma nova
ciência surgia: A História. Já existia História, nasceu com Heródoto, na
Grécia, e seu nome Historiai que dizer investigações. Mas o caráter científico,
com metodologias específicas, apenas do século XIX, com o alemão Leopold von
Ranke. Sabe quais as perguntas básicas da História? Quem somos, de onde viemos,
para onde vamos....