quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Turma 54, trabalho do dia 27 de agosto de 2010

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domingo, 1 de agosto de 2010

Estudo sobre o currículo

DIVERSIDADE E CURRÍCULO

PALAVRAVAS-CHAVES:
IDENTIDADE, PODER, DIFERENÇA, RELAÇÕES SOCIAIS, DIVERSIDADE SABERES.
DEFINIÇÃO DE DIVERSIDADE
              Diversidade é um componente do desenvolvimento biológico e cultural da humanidade, advindo da forma que homens e mulheres procuram se adaptar ao meio e mantêm ou buscam o poder, produzindo assim práticas, saberes, valores, linguagens, técnicas artísticas, científicas, representações do mundo e experiências resultantes das suas relações sociais e descobertas.

              Segundo Elvira de Souza Lima, a diversidade é norma da espécie humana, assim como somos diversos biologicamente, o que desencadeia diferenças de natureza distinta no processo de desenvolvimento das pessoas.

BIODIVERSIDADE

             A variedade de seres vivos e ambientes em conjunto é chamada de diversidade biológica ou biodiversidade. Porém, algumas destas biodiversidades recebem leituras deturpadas que as levam a considerar sua diversidade como a melhor, já que está mais próxima, levando este estranhamento exacerbado ao extremo.

             Exemplos: etnocentrismo, xenofobia, racismo, entre outros.
(etnocentrismo>>> valorizar o que lhe é próprio como o melhor).
(xenofobia>>>aversão ou ódio ao estrangeiro)
(homofobia>>>medo e o resultante desprezo por homossexuais)
(sexismo>>>discriminaçao contra alguém com relação ao seu gênero)

LUTA POLÍTICA PELO DIREITO À DIVERSIDADE

             Se levarmos em conta que tudo que acreditamos ser uma diferença é uma invenção humana, que ao longo da história foi tomando forma através das relações de poder, mudar o conceito de que o diferente também será resultado de um processo histórico e político que implicará em renunciar a processos de colonização e dominação.
             Será necessária a reeducação do olhar sobre o outro a partir das diferenças, acabando com o apelo romântico de que o elogio ao diferente basta para apaziguar as relações de poder. A diversidade é um direito garantido a todos, não somente àqueles que são considerados diferentes.
              É preciso entender o impacto subjetivo de temas como etnocentrismo e homofobia e que os saberes produzidos pela humanidade são tão importantes quanto os produzidos pelos demais povos e grupos sociais. (Ex: povos das florestas)

INDAGAÇÕES TRAZIDAS AOS CURRICULO PELA DIVERSIDADE

            De acordo com Miguel Arroyo, os educandos nunca foram esquecidos nas propostas curriculares, a questão é com que tipo de olhar eles foram e são vistos. Podemos ir além: com que olhar foram e são vistos os educandos nas suas diversas identidades e diferenças?
             A diversidade é vista como um tema que transversaliza o currículo entendida como pluralidade cultural, admitindo a presença da cultura escolar, mas não questiona o lugar que a diversidade de cultura ocupa na escola (muitas vezes, literalmente, já que o processo de valorização das diversidades ao invés de ocorrer na escola, ocorre em um galpão de escola de samba ou em um centro comunitário)
              No artigo 26 da LDB, está presente a liberdade de organização aos sistemas de ensino, porém tal lugar ainda é tímido, levando em conta que está ocupando partes que diversificam o currículo. O lugar não hegemônico ocupado pelas questões sociais, culturais, regionais e políticas que compõem a “parte diversificada” dos currículos pode ser visto ao mesmo tempo, como vulnerabilidade e liberdade, porque é ali que muitos profissionais, voluntários ou não, conseguem ousar, realizar trabalhos mais próximos da comunidade, explorando o potencial criativo, artístico e estético dos alunos e alunas.
              Entre tais movimentos culturais presentes na escola, podemos repensar a noção do que é conhecimento e do que é saber, já que em atividades paralelas, projetos sociais e experiências lúdicas, eles estão presentes, porém no chamado “currículo oculto”, ou, como se refere Boaventura de Souza Santos, são as ausências ativas, e muitas vezes, intencionalmente produzidas.
              O conhecimento dito como único e legítimo se perpetua na teoria e na prática escolar, desde a educação infantil até o ensino superior, o qual pode ser chamado de monocultura.
               Não se trata de negar a importância do conhecimento escolar, mas de abolir o equívoco histórico da escola ter como foco prioritariamente os “conteúdos” e não os sujeitos dos processos educativos.
               Não adianta apenas incluir as crianças com deficiências na escola regular comum, se também não realizarmos um processo de reeducação do olhar e das práticas a fim de superar os estereótipos que pairam sobre seus sujeitos, suas potencialidades e vivências. Neste aspecto, percebemos que toda vez que a escola passa a assumir o papel de um espaço de cultura (mais do que de “ensino”), ela cumpre com seu papel de respeitar a diversidade. Já as comunidades onde a cultura só ocorre nos barracões, garagens de pessoas da comunidade, por exemplo, está claro que a inclusão está longe de se tornar real.

DIVERSIDADE NOS TEMPOS E ESPAÇOS ESCOLARES

                   Os currículos incorporam uma organização de conhecimentos e processos do ensino-aprendizagem, porém a rigidez desta organização entra em conflito com a diversidade de vivências dos tempos e espaços dos alunos e alunas. O ordenamento temporal do currículo, conforme Arroyo, também se mostra nada flexível, onde alunos e alunas indistintamente têm de se adequar a seus tempos, gerando uma tensão entre tempos escolares e tempos de vida. A tendência da escola é flexibilizar o tempo somente para aqueles alunos e alunas estigmatizados como lentos, desacelerados, desatentos e/ou com problemas de aprendizagem, sendo que tal tempo deveria ser expandido a todos. É preciso modificar nosso olhar sobre o foi cristalizado em calendários, níveis, séries, semestres, bimestres, trimestres, rituais de transmissão, aprovação e repetência.

Conclusão
               Diversidade é a construção das identidades no contexto das desigualdades e das lutas sociais e indaga a escola na forma como ela se organiza e atua, visto que assumir a diversidade é reconhecer e posicionar-se contra as diversas formas de dominação, exclusão e discriminação, sendo muitas vezes considerado como transgressor aquele educador ou gestor que entende como de todos, o direito de ser diferente.